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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Homenagem ao meu querido amigo Pedro Matallo


Ele poderia ter escolhido morar num palacete com quadra de tênis e piscina, aqui, na terra do sol. Ou mesmo, fazer uma faculdade, ser um grande artista plástico, um estudioso da diversidade humana, podia ter se esforçado mais por tirar qualquer nota em um violão. Mas não, ele escolheu ser livre, tal qual um cachorro vagabundo que não sabe pra onde vai, nem quando volta. Mas que sabe fazer amigos onde passa, sabe saltar num abraço, e dilatar a pupila, abrindo um sorriso quando reconhece um velho conhecido. Mas não precisa ser conhecido, ele sabe dar bom dia aos dsconhecidos também. Sabe sorrir e sorrir. E se chora, chora que nem sente, nem vê. Porque leva a vida como o vento, que passa, que agrada e que num instante já não é. Ele podia ter escolhido ser "alguém na vida" mas, ele escolheu ser Pedro Matallo. ( amo demais você!)

Jogue fora...




Sabe aquelas coisas que se quebram e a gente guarda pensando em um dia mandar consertar?
Hoje eu encontrei, por acaso, uma miçanga que caiu de um chaveiro, olha que futilidade, quando é que eu vou parar pra consertar um chaveiro?
Sem contar nas roupas que ficaram folgadas ou que caíram um botão, estão lá, criando mofo, alimentanto traças. Ocupando espaço!
Vejam quantas coisas podem ser substituidas e ocupamos espaços sem perceber.
Isso vale para as coisas abstratas também, já pensou naquela vingança que está guardada esperando a oportunidade?Jogue fora!
Aquela esperança de que o mundo vai ser menos cruel com os seus sentimentos? Dê uma limpadinha na poeira, mas não deixe ela no mesmo lugar, as coisas mudam, as pessoas apenas amadurecem.
Os jornais que você leu a semana passada, está guardando pra quê? Tem alguma coisa interessante? Recorte! Mas um dia não servirá tanto assim também.

Recicle-se!
Minha alma,

que doce?

Que vibrante!

Quantos sonhos flutuantes

procurando repousar.

Sobre carta e e-mails


É verdade que muitas coisas me incomodam, a chuva que só cai no dia que eu quero tomar sol, a rosa que só tem alguns dias de vida, as palavras que o tempo leva, a minha memória que sempre me pega. Mas essas coisas meu caro são fenômenos imutáveis, o que me incomoda mesmo são as relações superficiais, as palavras “ Ctrl c + Ctrl v” ninguém recebe mais cartas da avó que está no interior, ou do tio que foi morar no Sul, sinto falta das inicias do remetente “saudações de ti querido amigo” ou “querida neta”. Os carteiros não são mais esperados no portão pela moça, que espera notícias do amado, cheguei a ouvir histórias de carteiros que acabou se apaixonando pela moça que esperava uma carta todos os dias no portão ( algumas vezes a carta não chegou) . Pense comigo, quando foi que você recebeu uma cartinha com as bordas pontilhas de verde e amarelo ou de azul e vermelho com remetência da Alemanha ou de outra cor mas escrito à punho? Hoje os correios só entregam extratos bancários, encomendas via internet entre outras coisas, mas raramente uma cartinha. Acompanhamos a decadência, primeiro um e-mail pessoal, depois um repassado, depois um recadinho nas páginas de relacionamentos...depois... nem isso. Os e-mails se perdem nas caixas postais eletrônicas, papel envelhece, mas está sempre à mão, sem contar na letrinha da pessoa, que agente consegue até perceber a emoção dela quando escreveu . Eu continuo não abrindo mão , nem da caneta, nem do papel, fiéis à minha memória e à tecnologia remota, mas vou confessar, caro leitor, há tempos não recebo nem envio cartinhas, umas por falta de resposta, outras por falta de endereço.

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